segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Peça "Pterodátilos"

 
O "Pterodátilos" veio de uma temporada de sucesso em São Paulo e no Rio de Janeiro e foi apresentado dia 21 e 22 de Outubro/2011 aqui em Maceió no Teatro Gustavo Leite. Uma tragicomédia focada na extinção da família, diria uma bela critica envolvendo assuntos bem atuais: Violência, Homossexualismo, AIDS, Alcoolismo, Desemprego, abandono, promiscuidade, gravidez na adolescência, abuso sexual, decadência cultural e espiritual. Ri muito, mas também me choquei com várias falas e situações mostradas na peça.
Primeiro posso falar da perfeição simples do cenário. Apenas três sofás em cima de uma plataforma de madeira que de acordo com a cena se movimenta, formada por tábuas que durante o espetáculo são retiradas pelo o filho mais velho que acha fósseis de "Pterodátilos" uma ave pré-histórica e daí vem o nome da peça. A cenografia é assinada por Daniela Thomas que muito criativa consegue mostrar através do seu trabalho os buracos existente na família e como ela gradualmente vai desabando.
A peça é composta por Marco Nanini que em dose dupla interpreta Arthur, um pai ausente, Presidente de um Banco que depois de velho é despedido do emprego por desvio e demonstra um pouco de afeto pela a filha Ema (também interpretado pelo Nanini) imatura que sempre foi tratada mal pela a mãe, em um momento, Ema diz ao seu noivo: "Se ao menos você ficasse doente pra eu poder te doar um rim" e se autoflagela: "Eu era tão gorda que, em Tóquio, morariam duas famílias dentro de mim". A mãe Grace interpretada pela a maravilhosa atriz Mariana Lima é uma alcoólatra, histérica, fútil e apaixonada pelo o seu filho mais velho. Álamo Facó faz o filho prodigo (Todd) que volta pra casa depois de tempos, infectado pela a AIDS e homossexual. Felipe Abib entra na historia como Tom noivo de Ema, vira empregada da casa e se apaixona pelo o irmão de sua noiva.
A peça é recomendada a todos aqueles que amam a cultura e gostam de ver excelentes autores em cena, muito bom mesmo.

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